Fórum Permanente de Gestão e Planejamento Territorial Sustentável promoveu reunião mensal nesta sexta-feira (31), via plataforma virtual Zoom.
Valentini também falou da experiência de iniciativa própria que teve na montagem de uma empresa ligada ao meio ambiente e consultoria agro-econômica, além de discorrer sobre o processo de venda de ativos florestais no Estado de São Paulo, que envolveu uma série de reservas no Vale do Ribeira, com foco de venda aos agricultores que não tinham reserva legal de 20%, onde a lei ainda não traz uma segurança jurídica. Além de falar um pouco de sua experiência ao passar pelo Ceagesp de Piracicaba e hoje, assumir um cargo junto ao Ocesp, na prestação de assessoria financeira à metade das cooperativas no Estado de São Paulo.
Valentini também falou do Siscar-SP (Sistema de Cadastro Ambiental Rural), da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, no CARCRBN (Cadastro Ambiental Rural), em parceira da Prefeitura Municipal de Piracicaba, para o levantamento de dados visando a gestão do setor. A consideração é que Piracicaba tem 137 mil hectares, numa área urbana de 22 mil hectares, o que representa 16% de área do município, onde o espaço rural é de aproximadamente 7 mil hectares, mesclando entre urbano e rural.
O total de área rural de Piracicaba é de 115 mil hectares, predominando a produção da cana de açúcar e do gabo bovino para corte, em torno de 50 mil hectares para cada atividade, além de outras produções: citros (2.300), milho (1.720), eucalipto (2.500), avicultura (1.180) olerícolas (300) e matas (8.000) hectares, o que totaliza valor de R$ 346.504.000,00 anual, resultando R$ 2.325,00 por hectare.
O engenheiro também mostrou histograma da distribuição das propriedades, na sua totalidade, quase 80% envolvendo até 40 hectares, de propriedades consideradas pequenas, além de 40 a 100 ha (298), 100 a 200 ha (138) e acima de 200 ha (106), englobando as 2.522 propriedades. Também foi comparado estes dados com o atlas histórico de Piracicaba, apontando que 81,3% destas propriedades são pequenas.
A consideração é que a maior parte destes pequenos agricultores estão próximos à zona urbana, o que facilitaria levar o aporte técnico e de assistência a estes cidadãos, facilitando deslocamento de insumos. “Fiquei bem encantado com esta aproximação no entorno da área urbana”, disse.
Valentini também mencionou dados, no quadro atual da agricultura de Piracicaba, que está concentrado na cana da açúcar, passando pela bovinocultura nas áreas marginais (relevo e app’s – onde o gado terá que deixar estas camadas mais úmidas), cooperativas focadas na venda de insumos, perdas históricas das famílias produtoras rurais (arrendamento) e pequena participação da agricultura intensiva.
O engenho separou dois momentos que viveu, como a greve dos caminhoneiros em 2018, onde foi verificado um grande prejuízo no abastecimento, ausência de produtos diversificados em Piracicaba, além do atual quadro da pandemia do coronavírus, com o consequente desemprego, aumento de oferta de comida pela população, busca por produtos de melhor qualidade, família retornando à cozinha, interesse por produtos orgânicos, onde se abre opções de mercado, onde as famílias retornam à cozinha e feiras livres.
Valentini disse que a ocasião é de oportunidades, com a cogitação do Ceagesp ser privatizada. Também mostrou que a área de confluência do Ceagesp é de 23 municípios, com 2,4 milhões de habitantes, onde a participação de Piracicaba é de apenas 1,2%. A maior parte vem de Campinas, 22%. A consideração é que nos 30 anos do Ceagesp Piracicaba não conseguiu fazer uma integração entre o pequeno produtor e este entreposto.
Apenas no mês de abril de 2020, dos R$ 4.506.178 comercializados em Piracicaba, cerca de R$ 2 milhões foram de frutas e de legumes, vindos de outras cidades, onde Piracicaba ficou apenas com a venda de verduras, totalizando R$ 500 mil, o que mostra uma carência do município no oferecimento de outros produtos.
Também se considerou que Piracicaba poderia estimular os 100 supermercados potenciais da região, onde seria utilizado o entreposto local. Também ganharia a merenda escolar e os 28 varejões, de forma coordenada, que poderiam melhor ser aproveitado este potencial. Valentini também falou do governo municipal, que poderia ser indutor destas ações, na busca do que está funcionando em outros lugares, a exemplo da cidade de Rio Preto, que está transformando a segurança alimentar e nutricional do município, a exemplo do programa do campo à mesa.
“Há que pensar o que Piracicaba representa em termos de conhecimento. Não temos que inventar e sim utilizar ações completas. Já passou a hora de discutir estas ações, no fomento às cooperativas, para ajudar o município”, concluiu Valentini.
A vereadora Nancy destacou a presença das 20 pessoas na sala, que acompanharam a reunião, além de pontuar experiências de vários lugares, a exemplo do fomento ao cooperativismo na cidade de São José do Rio Preto, com número de habitantes parecidos com Piracicaba. Além de destacar a relevância do mapeamento das pequenas propriedades tem Piracicaba, que merecem ser inclusas nas políticas públicas.
Supervisão de Texto e Fotografia: Valéria Rodrigues – MTB 23.343
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