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Nancy Aparecida Ferruzzi Thame - Partido Verde

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Nancy Aparecida Ferruzzi Thame

Filha e neta de agricultores e comerciantes, Nancy é natural de Lucélia-SP. Fez colégio em Campinas e veio Piracicaba para fazer cursinho e, posteriormente, engenharia agronômica na Esalq-USP, uma paixão à primeira vista. Casada com Antonio Carlos de Mendes Thame (ex-prefeito e ex-deputado federal), mãe de três filhos (Natália, Gustavo e Sofia) e avó de uma neta (Gabriela). Também é graduada em Direito, pós graduada em gestão ambiental e ciência política. Foi docente e coordenadora de curso de Agronomia, encarregada de treinamentos no Ministério da Agricultura, empresária e diretora de Horto Florestal.

Vivenciou a atuação política desde muito jovem, atuando, sobretudo na capacitação política, no fortalecimento da participação feminina e na elaboração de políticas públicas. Foi presidente estadual e vice-presidente nacional do segmento mulher e integrou a diretoria do Instituto Teotônio Vilela. Também, como diretora de um Horto Municipal, respondeu pelas políticas ambientais no município. Somente em 2016 candidatou-se à vereança, sendo eleita. Desde então, trabalha diariamente para encaminhar as demandas da população e apresentar projetos que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, de forma bastante participativa.

Ações mandato parlamentar

A Câmara é um espaço para interlocução, debate e ampliação do conhecimento e da promoção da cidadania, além das funções de legislar e fiscalizar o Executivo.

No mandato dedica-se, prioritariamente, a três eixos de trabalho: gestão e planejamento territorial sustentável; defesa dos direitos e proteção das mulheres; e formação política e cidadania. As ações desenvolvidas também procuram promover a sustentabilidade nas áreas rurais, o empreendedorismo feminino e o fortalecimento da representatividade da mulher nos espaços de poder e decisão.

Durante o mandato tem contribuído significativamente para a elaboração e revisão de leis municipais e decretos legislativos, com destaque para a lei que definiu as Diretrizes para a política de enfrentamento à violência contra a mulher e consolidação da rede de prevenção, atendimento e proteção à mulher no Município de Piracicaba, com co autoria da vereadora Coronel Adriana; a instituição da “parada segura” para mulheres e idosos, com co autoria do vereador Capitão Gomes; a instituição, no calendário do Município, do Dia internacional da Tolerância e do Festival Culturas Regionais e Artes Urbanas – Festival CURAU, que já era realizado há oito anos. Ainda é de sua autoria os projetos que criaram, na Câmara, a Procuradoria Especial da Mulher, com co autoria da vereadora Coronal Adriana; a Semana de Conscientização da Alergia  Alimentar; o Dia do Engenheiro Agrônomo; o Calendário – 16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres; o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha; e os Fóruns Permanentes de Gestão e Planejamento Territorial Sustentável, com co autoria do vereador Paulo Serra, de Arborização Urbana com co autoria dos vereadores Capitão Gomes, Lair  Braga e Laércio Trevisan, além do Fórum de Empreendedorismo Feminino tendo este último recebido, em 2017, o Prêmio Paulista de Boas Práticas Legislativas (1º lugar).

É destaque o Fórum de Gestão e Planejamento Territorial Sustentável, em parceria com o vereador Paulo Serra, como um dos principais projetos de intervenção no município, já que foi possível estudar e  desenvolver vários instrumentos de planejamento urbano, com base no Estatuto da Cidade que prevê cidades justas, democráticas e  sustentáveis, após vários encontros e debates, e juntamente com as comissões que preside, em especial a de Meio Ambiente, chegando a propor várias emendas ao projeto de lei de revisão do Plano Diretor, visando uma cidade mais compacta, com olhar para os mais necessitados, tentando reduzir os vazios urbanos, otimizando as infra estruturas já existentes como transportes e saneamento básico,  pensando numa cidade mais barata, inclusiva e sustentável em todos os sentidos para os próximos 10 anos.

Teve participação determinante no processo de implantação da Escola do Legislativo onde, como diretora, trabalhou na elaboração do Regimento, na definição dos eixos de atuação e da implantação dos convênios e grades de cursos, um projeto muito bem-sucedido e que também recebeu o 1º lugar do Prêmio Paulista de Boas Práticas Legislativas, em 2018. A dedicação como parlamentar, tem permitido a apresentação de emendas ao orçamento, como foi a proposta de emenda para a capacitação de pequenos agricultores; para a criação da casa-abrigo para mulheres em situação de violência; e para a elaboração de pesquisa dos dados da violência contra a mulher em Piracicaba.  Como procuradora especial da mulher, participa, mensalmente, das reuniões e ações de um grupo de trabalho formado por pessoas ligadas a órgãos, instituições e entidades que formam a Rede de atendimento e proteção à mulher, contando também com integrantes de conselhos, coletivos e associações da sociedade civil.

Participação das mulheres na política

A pouca atuação da mulher no Legislativo tem relação com a sub-representatividade de mulheres em todos os espaços políticos do Brasil. Uma das razões é a estrutura partidária, com a predominância de homens na direção dos partidos políticos. Um ambiente ocupado majoritariamente por homens, dificulta a participação efetiva das mulheres, pois para se ter uma cadeira, um espaço, significa que alguém tem que se retirar. E esse levantar, nos espaços de poder é muito difícil. Há também o desequilíbrio na destinação de financiamento para campanhas de mulheres candidatas, pois, muitas vezes, as mulheres apenas são procuradas para preencher a cota partidária obrigatória, e não realmente no sentido de poder chegar e ocupar esses espaços. Além, é claro, de toda questão histórica, como o direito de votar tardio, somente em 1946 para as mulheres, e a igualdade e a equidade, que só foram consideradas na Constituição de 1988.

É importante que se confirmem as candidaturas femininas para a próxima eleição, e que tenhamos mulheres eleitas e ocupando cargos eletivos na mesma proporção em que estamos presentes na composição da população.

Em 23% dos municípios brasileiros nenhuma mulher foi eleita. Temos um histórico de privações, inclusive com as cotas para candidatas que deve ser de 50%. É preciso ainda muito trabalho para a mulher ocupar efetivamente o seu espaço na política.

Em todos os países do mundo, a mulher precisou se organizar para conquistar os direitos de igualdade, mesmo nos países onde esses direitos já estavam garantidos pelas leis. Assim, a participação da mulher na política é extremamente importante para que se concretize a democratização dos espaços de poder e decisão e da sociedade como um todo. 

Desafios da gestão pública

Os desafios são muitos, pois todas as áreas são prioritárias para a gestão pública, de modo que devem ser pensadas de forma integrada, com ênfase no planejamento, para que se possa impulsionar a melhoria dos serviços públicos de infra estrutura urbana e rural, saúde, educação, habitação, geração de renda, empregabilidade, mobilidade, equilíbrio orçamentário e transparência.

São vários os desafios pontuais, porém há um que perpassa praticamente todos: o planejamento urbano de maneira sustentável e inclusiva.

Sabemos que a desigualdade social é um fenômeno que ocorre em toda parte, porém, no nosso município temos muitas pessoas morando de maneira irregular e insalubre, com recursos escassos para intervenções nestas áreas. São necessidades básicas como saneamento, melhoria habitacional e transporte, por exemplo. É necessária muita dedicação para esses projetos, aproveitando o potencial de parcerias com universidades, empresas, ONGs e outras instituições de grande valor e aptas a cooperar com as boas práticas e ações assertivas que visem a melhoria das condições de vida da população como um todo.